Conheça a produção de cachaça em Minas Gerais

Por:Turismo de Minas

05

dez 2018

Atualizado em: 13/09/2020 ás 23:57

13 de setembro é o Dia Nacional da Cachaça, o destilado mais apreciado no Brasil e o terceiro mais consumido no mundo. Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país, com 200 milhões de litros por ano (50% da produção nacional neste segmento). No estado, a atividade é responsável pela geração de mais de 100 mil empregos diretos e cerca de 300 mil indiretos.

As agroindústrias de cachaça estão distribuídas em quase todas as regiões de Minas Gerais, mas a maior concentração está na regional de Salinas, no Norte do estado, com 312 estabelecimentos que possuem reconhecimento como indicação geográfica para a produção da bebida.

As exportações mineiras de cachaça geraram, em 2018, receita de aproximadamente US$ 700 mil, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Estados Unidos e Uruguai foram os principais mercados para o produto mineiro.

 

Dia Nacional da Cachaça

A criação do Dia Nacional da Cachaça, em 2009, é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac). O dia 13 de setembro foi escolhido em homenagem à data em que a cachaça foi oficialmente liberada para a fabricação e venda no Brasil, no ano de 1661. Porém, esta legalização só foi possível depois de uma revolta popular, ocorrida no Rio de Janeiro, contra as imposições da Coroa Portuguesa, conhecida como “Revolta da Cachaça”. Até então, a Coroa criava impedimentos para a produção de cachaça no país porque queria que a bebida fosse substituída pela bagaceira, aguardente típico de Portugal.

Dia da Cachaça Mineira

E no dia 21 de maio é comemorado o Dia da Cachaça Mineira. A data foi escolhida por marcar o início da safra da cana-de-açúcar em Minas Gerais e é comemorada desde 2001, quando Itamar Franco, então governador de Minas Gerais, assinou a Lei nº 13949/2001, que regulamenta a produção da bebida no estado.

 

Curiosidades

Para ser considerada cachaça, a bebida deve atender aos seguintes critérios da Instrução Normativa 13/2005, do Ministério da Agricultura: aguardente de cana produzido no Brasil, com graduação alcoólica de 38% a 48% em volume, a 20ºC, obtida a partir da destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar, com características sensoriais peculiares e podendo ser adicionada a açúcares em até 6 g/l.

Quanto à produção, a cachaça pode ser fabricada em dois tipos de processos: industrial e artesanal. A produção industrial ocorre em grande escala, em colunas de aço inox com bateladas contínuas. Já a produção artesanal, conhecida popularmente como “cachaça de alambique”, é realizada em escala menor, em alambique de cobre e de forma descontínua.

A bebida é conhecida por vários nomes e alguns deles são bastante curiosos, como “pinga”, “aguardente”, “mata-bicho”, “branquinha”, “parati”, “bicha”, “água que passarinho não bebe”, “marvada”, “veneno” e “boa”.

Minas produz as cachaças mais variadas e autênticas de todo o país. São mais de 500 alambiques registrados, sendo 250 marcas certificadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que vão desde aquelas de produção familiar e artesanal, de pequena escala, até grandes marcas, que exportam a bebida para dezenas de países.

Minas Gerais é o maior produtor de cachaça do Brasil | Foto: MardenCouto/TurismodeMinas

Minas Gerais é o maior produtor de cachaça do Brasil | Foto: MardenCouto/TurismodeMinas

 

Conheça a produção de cachaça de Minas Gerais

Rota da Cachaça – Brumadinho

Nos domingos de abril a setembro, o processo de fabricação e degustação da cachaça é tema de roteiro do receptivo HT Happy Travel. O passeio inclui visita às instalações de duas fazendas de produção e envelhecimento da bebida nas cidades de Brumadinho e Moeda, com oficina de degustação. Depois, há um almoço em restaurante local, onde os pratos são preparados com cachaça.

Av. São Francisco, 565 – Córrego Ferreira – Brumadinho/MG

(31) 4117-0333

hthappytravel.com

Rota da Cachaça, em Brumadinho | Foto: MardenCouto/TurismodeMinas

Rota da Cachaça, em Brumadinho | Foto: MardenCouto/TurismodeMinas

Museu da Cachaça – Salinas

Inaugurado em 2012 em Salinas, cidade que é a maior produtora de cachaça de alambique do país, o museu de 13 mil m² reúne 1.700 rótulos, que podem ser degustados. Há também uma instalação de 9 m que promove exclusivamente a produção mineira, com 1.750 garrafas.

Avenida Antônio Carlos, 1.250

De quarta a domingo das 9h às 19h, gratuito.

(38) 3841-4778/4100/3431

Museu da Cachaça, em Salinas | Foto: Divulgação MC

Museu da Cachaça, em Salinas | Foto: Divulgação MC

 

 

Vale Verde – Betim

O Vale Verde Alambique e Parque Ecológico, criado em 1989, reúne 2.000 rótulos da bebida, incluindo itens raros como a Pele Caninha, criada em homenagem ao craque depois da Copa de 1958.

Rua Ary Barbosa da Silva, 1000

De terça a domingo das 9h às 17h30, R$ 20.

(31) 3079-9140

cachacavaleverde.com.br

 

Germana – Nova União

Há mais de 90 anos, o tropeiro Sergio Caetano começou a produzir cachaça, que ele usava como moeda de troca para conseguir querosene e sabão que vinham da Inglaterra. O nome da bebida homenageia a freira Germana, que morava em Caeté no início do século XIX.

Fazenda Vista Alegre

De segunda a sábado das 8h às 17h.

(31) 3426-1519

cachacagermana.com.br

 

Prazer de Minas – Esmeraldas

Produzida na cidade de Esmeraldas desde 1999, a cachaça já foi considerada duas vezes a “Preferida do Brasil” na Expocachaça. Toda a cana utilizada na produção é plantada dentro da fazenda e a fermentação é feita sem aditivos químicos. A fazenda está aberta a visita, sob agendamento.

Acesso pelo km 19 da MG-060

De segunda à sexta das 8h às 11h e das 12h às 16h, sábados das 8h às 11h

(31) 995 253 390

cachacaprazerdeminas.com.br

 

Cachaça Século XVIII – Coronel Xavier Chaves

São muitas as curiosidades que cercam a produção da Cachaça Século XVIII. Trata-se de um dos mais antigos alambiques do país, com pelo menos 260 anos da história. Os proprietários também afirmam que o alambique funcionava na fazenda do irmão mais velho de Tiradentes. Para conhecer o sistema de produção, experimentar essa cachaça secular e comprar garrafas de até 25 anos, pode-se até se hospedar em uma pousada dentro da fazenda.

Praça Eduardo Chaves, 99

(32) 3357-1238

 

Tabaroa – Bichinho                                         

A Cachaçaria Tabaroa já tinha 12 anos de história quando foi transferida do sul do estado para o distrito de Bichinho, em 1999. Hoje, a bebida está disponível nas versões amarela, armazenada em tonéis de carvalho francês, e caiana, maturada em tonéis de aço inoxidável.

Rua Dep. José Bonifácio Filho 51

(32) 3353-7094

 

Taverna de Minas – Itaverava

Premiadíssima, a cachaça é produzida na cidade de Prados de maneira sustentável (os restos não aproveitados na produção são transformados em combustíveis para carro). O estabelecimento promove ainda cursos sobre produção e degustação.

Acesso pelo km 270 da BR-482

(32) 2535-2228

tavernademinas.com.br

 

Rainha do Vale – Belo Vale

Localizada no vale do Rio Paraopeba, a Fazenda Gameleira produziu a primeira safra da cachaça Rainha do Vale em 1997. Hoje, já há três opções de bebidas: a que é armazenada por dois anos em tonéis de carvalho e é mais aromatizada, a que fica por um ano em tonéis de jequitibá, mais pura, e a que fica por seis meses em tonéis de inox, perfeita para fazer caipirinhas. A fazenda recebe visitas.

(31) 3292-7477

rainhadovale.com.br

 

Guaraciaba – Guaraciaba

A cachaça começou a ser produzida por Zé Santana em 1960, quando tropeiros a distribuíam pelos mercados da cidade em cima de burros. Cinco anos depois, surgiu a marca Guaraciaba, e, com o tempo, os burros precisaram ser substituídos por caminhões para comercializar os 600 mil litros que o alambique fabrica anualmente.

(31) 3893-5134

cachacaguaraciaba.com.br

 

Leblon – Patos de Minas

Apesar de ser produzida em Patos de Minas com toda a tradição mineira, a Leblon (cachacaleblon.com.br) é provavelmente a mais gringa das cachaças. Ela foi criada pelo americano Steve Luttman, tem sede em Nova Iorque, foi comprada no ano passado pela empresa Bacardi e já pode ser encontrada em 35 países.

 

Velha Aroeira – Porto Firme     

A Fazenda Santa Tereza produz eucalipto e palmito pupunha, mas é mais conhecida pelas cachaças Velha Aroeira e Arorinha, que fabrica desde os anos 1990. A fazenda, que conta com áreas de hospedagem, alimentação e lazer, promove o tour da cachaça, que visita a área da produção da bebida ao som de uma viola caipira, com degustação incluída.

(31) 99191-5115

velhaaroeira.com.br

 

Você conhece outros alambiques que recebem turistas? Conta pra gente nos comentários!

 

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Comentários

  1. Daniel Lamounier disse:

    Olá a todos.
    Bela matéria.
    Só existe um erro.
    A revolta da cachaça foi em Pitangui-MG e não no Rio de Janeiro.
    Pitangui e Papagaios hoje se encontra umas das melhores cachaças de Minas.
    Como a Frazão, Bem Querer, Santa Romana, cachaça Pitangui, Famosinha de Minas, Santuário e outras.
    Todas com premiação internacional na Bélgica.

  2. Jacy do Prado Barbosa Neto disse:

    Produzo cachaça e azeite de oliva em Gonçalves MG. Azeite Terra sem Mal e tenho um espaço para turismo. Como faço para vcs me incluirem em suas dicas?

  3. Eu recomendo, cachaça da Serra da Canastra (MG) Brazil. A Fonte do Vellho Chico.
    PARABÉNS !
    Lealmente.
    Marcos Limoli { Linkedin }
    REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

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