Por:Turismo de Minas
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set 2019
O III Fórum Clia Brasil 2019, que aconteceu dia 28/8, na sede do Ministério do Turismo, contou com anúncios de dados, projetos e parcerias promissoras para o setor de cruzeiros.
O evento, organizado pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), chegou a sua terceira edição e trouxe um dia de debates e trocas de informações, com o intuito de estimular a reflexão a respeito dos desafios da retomada do crescimento desta atividade no país. “O objetivo da Clia é melhorar o ambiente de negócios para atrair mais navios de cruzeiros, abrir portas para os destinos, fortalecer o turismo e ter uma parceria de sucesso com o país e com as comunidades, já que nosso setor é forte gerador de empregos e de renda”, disse a presidente do Conselho da Clia Brasil, Estela Farina.
Entre os participantes desta edição estiveram Kelly Craighead, presidente e CEO da Clia Global; Marcelo Álvaro Antonio, Ministro do Turismo; Herculano Passos, presidente da FRENTUR e deputado federal; Newton Cardoso, presidente da comissão de turismo e deputado federal, além de muitos outros nomes importantes da indústria.
Na cerimônia de abertura, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda disponibilizar uma linha de crédito para construção de 15 portos no Brasil. “O presidente do BNDES entrou nesta parceria conosco e irá financiar portos para que esses locais sejam atrativos para os turistas. Eles terão shoppings, lojas, restaurantes e hotéis para receber com mais conforto. Ter infraestrutura é muito importante para desenvolver os cruzeiros no país”, disse Marcelo.
Para a CEO da Clia Global, Kelly Craighead, o Brasil é um país incrível e o objetivo da Clia é criar oportunidades para beneficiar a todos, gerando desenvolvimento econômico, emprego e promover os destinos nacional e internacionalmente. “Os cruzeiros nos últimos 10 anos apresentaram crescimento e, em 2019, a expectativa é transportar 30 milhões de passageiros. Mas, além disso, o principal é o setor poder oferecer a esses passageiros experiências e oportunidades diferenciadas. Inovação e tecnologia fazem parte dessa experiência. E hoje o setor está muito preocupado com a responsabilidade que vem junto a todo esse crescimento”, declarou.
No primeiro painel do Fórum, Marco Ferraz falou sobre o potencial do setor. “Os norte-americanos são os principais passageiros do mercado com mais de 13 milhões de pessoas. Com a isenção de vistos, nosso objetivo é conseguir atrair esses viajantes para a costa brasileira. Já no Brasil, apenas 0,25% da população faz cruzeiros. O que significa que há um potencial enorme de crescimento”.
O executivo também apresentou o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2018/2019, levantamento realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que traz dados inéditos do setor no Brasil e no mundo.
No Brasil, a temporada 2018/2019 de Cruzeiros Marítimos (que teve início em 13 de novembro de 2018 e encerrou-se em 18 de abril de 2019) foi responsável por um impacto econômico de R$ 2.083 bilhões na economia do país. Esse número, que engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes, foi 16,2% maior em comparação ao período 2017/2018, o que significa um acréscimo de R$ 291 milhões.
Foram exatos 841 dias de navegação, com sete navios operando na costa brasileira, transportando, aproximadamente, 462 mil cruzeiristas (crescimento de 10,5% ante os 418 mil anteriores). Além disso, o setor de cruzeiros gerou 31.991 postos de trabalho na economia brasileira, 15,3% a mais que no período anterior.
Com a presença de importantes nomes de cada segmento, o evento ainda debateu os desafios da regulação do setor; como os destinos estão trabalhando suas atrações e receptividade; trabalho a bordo e o direito internacional; investimentos e competitividade nos terminais de passageiros; e foi finalizado pelo tema: navios e meio ambiente, que entrou de vez na agenda prioritária dos cruzeiros marítimos, e que é essencial para o sucesso da indústria. As companhias estão comprometidas a implementar normas para a preservação do meio ambiente, como o investimento em tecnologias de combustíveis limpos, reciclagem e tratamento de água e resíduos, que também fazem dos novos navios além de limpos, mais eficientes.
A temporada 2019/2020 no Brasil receberá oito navios: MSC (Seaview, Sinfonia, Fantasia, Música e Poesia), Costa (Pacífica e Fascinosa) e Pullmantur (Soberano), trazendo 531.121 leitos divididos por 144 roteiros e 575 escalas.
Outra grande novidade é a cidade de Itajaí, em Santa Catarina, que passará a ter embarques e desembarques, ampliando as opções para os moradores da região Sul do país.
“Temos hoje destinos mais próximos de operar a temporada brasileira, é o caso de Arraial do Cabo/RJ, que teve o porto desembargado há dois meses, e Penha/SC, onde já temos o ponto de fundeio estabelecido. A médio prazo, queremos voltar para São Francisco do Sul, que depende de uma batimetria, temos projetos para chegar à Ilha do Mel, no Paraná, que já tem até um ponto de fundeio. Paraty/RJ, Vitória/ES, Itaparica/BA, Porto Seguro/BA, Maceió/AL e Aracaju/SE são outros destinos que daremos uma maior atenção já para as próximas temporadas”, completa Ferraz.
A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil) é um dos 15 escritórios mundiais da Cruise Lines International Association, voz unificada e principal autoridade da comunidade global de Cruzeiros Marítimos.
A missão da Clia é apoiar políticas e práticas que promovam um ambiente seguro, saudável e sustentável nos navios de Cruzeiros para os mais de 28 milhões de passageiros que viajam anualmente, bem como promover a experiência de viagem dos cruzeiros.
Seus membros, comprometidos com o continuado sucesso da indústria de cruzeiros, estão compreendidos entre as linhas mais prestigiadas do mundo em Cruzeiros Marítimos, Fluviais e de Especialidades; uma comunidade de agentes de viagens altamente treinados e certificados; e outros parceiros da indústria de cruzeiros, incluindo portos, destinos, desenvolvedores de navios, fornecedores, prestadores de serviços e operadores de viagens.
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