Por:Turismo de Minas
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fev 2022
Entre 2020 e 2021, o setor de turismo em Minas Gerais sofreu com a queda de volume e colecionou um prejuízo de R$ 31 bilhões. Um problema que começou a ser solucionado nos últimos meses, quando os turistas voltaram a frequentar os pontos e as cidades turísticas do estado.
Entretanto, a maior expectativa é com 2022, um período que deve ficar marcado pelo crescimento do turismo interno e também da economia local. A ideia é fazer com que os próprios mineiros conheçam mais as regiões onde moram, substituindo uma viagem longa por um passeio no bairro mais próximo.
Nos últimos três meses do ano passado, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) divulgou um lucro de quase R$ 4 bilhões, segundo o jornal Estado de Minas, com a volta dos turistas à região. O curioso é que isso não significa que cidadãos de outros estados, e até mesmo de outros países, voltaram a frequentar Minas Gerais.
A verdade é que as pessoas começaram a explorar pontos turísticos próximos de onde moram, algo conhecido como turismo interno. Uma categoria que deve ficar cada vez mais comum em todo o Brasil, e promete trazer resultados positivos na economia.
Essa recuperação é importante para reaver o prejuízo de R$ 31,2 bilhões que foi causado pela crise na área da saúde. As restrições de viagens causaram transtornos não apenas para os hotéis, mas também para museus, galerias e outros pontos turísticos.
Algumas cidades mineiras, como Tiradentes, necessitam do turismo para ter uma economia saudável, algo que não foi possível nestes últimos anos. Porém, isso está começando a mudar, e os próprios mineiros serão responsáveis por devolver o setor aos números positivos.
O turismo interno é um movimento que ganhou várias cidades no mundo, inclusive aqui no Brasil, por conta dos custos mais baixos para os próprios turistas. Um artigo do blog Betway Insider fez uma comparação entre três grandes cidades, Nova York, Tóquio e Rio de Janeiro, justamente para descobrir qual delas é a melhor para o próprio morador ter um dia de turista.
A representante brasileira se destacou como a mais acessível, com os cariocas gastando apenas US$ 64 para aproveitar uma das cidades mais conhecidas do mundo.
Aliás, o Rio de Janeiro é um bom exemplo do potencial que o turismo interno pode trazer para o setor. Segundo pesquisa realizada no ano passado, o interesse do carioca nos pontos turísticos da cidade cresceu em 9% nos últimos meses.
Uma taxa que deve ficar ainda maior no futuro, pois a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) tem criado várias campanhas para incentivar essa maior presença dos cidadãos em algumas atividades que o RJ oferece, principalmente gratuitas que envolvam a natureza.
No levantamento feito pela Betway, site de caça-níqueis, o Rio de Janeiro mostra uma expectativa de lucro na casa dos R$ 170 bilhões durante a alta temporada de 2022. Um número audacioso, mas que mistura diferentes aspectos, como o próprio turismo interno e o fim da crise que impediu números melhores em 2021.
Minas Gerais pode aprender com essa tendência, pois não faltam oportunidades para aproveitar com esse turismo interno. Belo Horizonte, por exemplo, é uma cidade com muitas atividades gratuitas e acessíveis para a população.
Até mesmo regiões mais caras estão tirando o proveito desse novo formato de turismo. Em Nova York, é cada vez mais comum as pessoas que moram na região marcarem presença em pontos turísticos.
Em 2020, foram quase 20 milhões de pessoas, e a perspectiva para esse ano é que o número chegue aos 30 milhões. Essa é a nova forma de fazer turismo no mundo.
Além de Belo Horizonte e Tiradentes, que citamos acima, outras cidades de Minas Gerais surgem com grande potencial para aproveitar essa tendência do turismo interno. É o caso, por exemplo, de Brumadinho, Ouro Preto, Capitólio, Diamantina e Mariana.
Todas essas possuem muito a oferecer aos mineiros que sonham em conhecer mais da região onde moram. Isso é algo importante até culturalmente, pois Minas Gerais é um dos estados mais ricos em história do Brasil.
O turismo residencial é um termo novo, mas que precisa ser explorado de maneira direta. Algo que está acontecendo, e deve trazer uma boa receita para um setor que sofreu bastante nos últimos dois anos. Uma notícia boa que cria uma perspectiva positiva para 2022.
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