Por:Turismo de Minas
jul 2021
O que vem a cabeça quando você pensa em Minas Gerais? Se sua resposta foi comida, você não está sozinho! Uma pesquisa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), aponta que a maioria do público entrevistado (29,2%) remete a imagem de Minas Gerais à gastronomia.
Minas sempre foi conhecida pela farta culinária, feita no fogão a lenha, e por alguns produtos típicos, como o pão de queijo, os doces e os queijos. A gastronomia é levada tão a sério, que tem até um dia especial. Todo 5 de julho é celebrado o Dia da Gastronomia Mineira.
Nos roteiros gastronômicos de Minas é possível explorar desde as coisas mais simples, como um produtor de queijo, que recebe visitantes em sua roça, até as mais sofisticadas, como degustar um café especial à bordo de um voo de balão.
Nesta matéria, listei algumas cidade e produtos que são destaques na gastronomia mineira. Confira!
Da Unique Café Store, em São Lourenço, partem os passeios para a Rota do Café Especial, que visita uma lavoura premiada na cidade vizinha Carmo de Minas. Se puder, programe-se para viajar em maio, quando acontece a colheita.
Tão bom quanto saborear o café de todo dia é poder conhecer o processo de produção, desde a colheita no pé até chegar à xícara. No roteiro você passeia pela plantação e depois degusta os cafés especiais acompanhados de receitas mineiras, como pãezinhos de queijo.
Uma opção super legar é sobrevoar a plantação em um balão, o que proporciona vistas incríveis de toda Serra da Mantiqueira. Nesta modalidade o café da manhã é servido na cafeteria e você ainda pode acompanhar a torra, que perfuma todo o ambiente.
De maio a setembro, os meses de alambicagem da cachaça artesanal, você pode conhecer todo o processo de produção em um tour em Brumadinho. A experiência vai desde a colheita da cana, passando pela moenda, pela alambicagem e claro, pela degustação.
Lá você vai descobrir que cachaça não é pinga, qual a diferença entre a branca e a amarela, e que ela não deve ser tomada como shot, e sim degustada aos pouquinhos.
Além da Rota da Cachaça, você pode fazer a oficina os 5 sentidos da cachaça e sua história, a oficina de criação de drinks, ou uma harmonização com menu degustação.
Visitar fazendas produtoras de queijo tem sido uma das experiências mais procuradas de Minas Gerais. Eu já conheci várias e posso afirmar, que você também vai amar.
O Queijo Canastra é o mais famoso do Brasil, tombado como Patrimônio Cultural Imaterial, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e com certificado de Indicação Geográfica, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Algumas fazendas que recebem visitantes são: Estância Capim Canastra, Fazenda São Bento, Roça da Cidade e Fazenda Capão Grande. Você conhece todo o processo de produção e claro, degusta os queijos em diferentes pontos de maturação.
Minas abriga mais de 60 cervejarias artesanais, que produzem mais de 13 bilhões de litros por ano, além dos milhares de cervejeiros caseiros que fazem a própria bebida.
Nova Lima é o principal polo cervejeiro do Estado, com muitas fábricas e diversos estilos sendo produzidos. Antes da pandemia, uma vez por mês acontecia a Experimente, uma feirinha de cervejas artesanais que reunia a galera jovem e descolada.
Fábricas como Krug Bier e Verace oferecem visitas guiadas, nas quais você conhece sobre os ingredientes, o maquinário e a fabricação da bebida. No final sempre rola degustação.
Belo Horizonte recebeu em 2019 o título de Cidade Criativa da Gastronomia, pela Unesco. A capital mineira é a síntese da gastronomia do Estado e oferece opções para todos os gostos e bolsos.
Os mercados são visitas imperdíveis. No clássico Mercado Central você encontra o famoso fígado com jiló. E no descolado Mercado Novo tem bares e restaurantes que valorizam os ingredientes locais e os transforma em criações contemporâneas.
A cidade é tida também como capital dos bares, por possuir centenas de estabelecimentos, que colocam suas mesas nas calçadas, criando um clima único. A fama é tanta que BH deu origem ao conhecido concurso e festival Comida di Buteco.
Meus lugares preferidos para comer em BH são: Restaurante Xapuri, Restaurante Glouton, Rotisseria Central, Domenico Pizzaria, Lullo Gelato, Bar Ideal, Redentor Bar, Casa Bonomi, Du Pain, A Pão de Queijaria e Verdemar.
Tiradentes é o paraíso gastronômicos dos foodies, inclusive o meu! A famosa cidade histórica mineira, ganhou ainda mais notabilidade com o Festival Gastronômico, que é realizado, anualmente, em agosto, e atrai gente do mundo inteiro.
Restaurantes com chefs estrelados e cardápios elaborados atraem turistas o ano inteiro, para se esbaldar com o melhor da culinária mineira e internacional.
Meus lugares preferidos para comer na cidade são: Tragaluz, Pacco&Bacco, Atrás da Matriz, Leitão do Luiz Ney, UaiThai, Pau de Angu e Mia Confeitaria.
Araxá é conhecida como a terra dos doces. Os mais famosos são em compota e na palha, mas tem também em barra e os cristalizados. A variedade de sabores é grande e a vontade de comer todos, também!
Lá fica a fábrica de doces da dona Joaninha. Com mais de 80 anos, dona Joaninha ainda acompanha de perto a produção, que é comandada por sua nora, dona Helena.
Da loja dá para ver as doceiras mexendo o tacho de cobre no preparo das delícias. Nas prateleiras tem até diet e zero lactose, mas o carro chefe é a ambrosia, que leva leite, açúcar, ovos e canela.
Andradas fica aos pés da Serra da Mantiqueira, o que garante altitudes elevadas e temperaturas amenas, cenário ideal para a produção de vinhos. Deve ter sido por isso que os imigrantes italianos escolheram se estabelecer por lá.
A Casa Geraldo é a vinícola mais conhecida da região, fazendo história desde 1969. Ela está estruturada para receber turistas e oferece tours guiados, passando pelo parreiral, tanques de fermentação, adega, sala de degustação e loja.
A vinícola também oferece curso de degustação com duração de um dia, no qual os participantes são orientados por enólogos para aprender o passo-a-passo da arte da degustação, além de noções básicas de cultivo de uva e elaboração dos vinhos.
Anualmente, acontece em Sabará dois eventos gastronômicos que atraem muitos visitantes: o Festival do Ora-Pro-Nobis, em maio, e o Festival da Jabuticaba, em novembro.
O ora-pro-nobis é uma hortaliça muito comum em Minas e acompanha diversos pratos, como costelinha e frango. Antigamente era plantado ao redor das igrejas, pois fazia uma cerca viva.
Na temporada da jabuticaba, que começa em setembro, os moradores da cidade costumam alugar os pés por hora, para o turista chupar a fruta. Mas o ano inteiro você encontra geleias, doces, compotas, sorvetes, rocamboles e outras variações de receitas à base da fruta.
Maria da Fé é conhecida por ser a cidade mais fria de Minas Gerais, e também por ser sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), onde foi produzido o primeiro azeite do Brasil, em 2008.
Atualmente a região conta com cerca de 200 olivicultores e 60 marcas de azeites destaques em circuitos gastronômicos e detentoras de prêmios nacionais e internacionais.
Em Maria da Fé é possível visitar a fazenda produtora de azeite e conhecer todo o processo de produção das azeitonas e dos azeites. Os especialistas orientam também sobre as diferenças de azeites existentes no mercado e ensinam que quanto mais fresco o produto for consumido, melhor.
Santa Bárbara é conhecida como a cidade do mel. Lá, o Mel Santa Bárbara produz e beneficia mel, própolis, pólen, geleia real e cera de abelhas, desde 1982.
Na Casa do Mel, o turista conhece as etapas de produção e as curiosidades sobre o produto. A visita guiada mostra como vivem as abelhas, as roupas usadas pelos apicultores e os tipos de mel que existem.
No piso inferior do casarão do século XVIII fica a loja do mel, cheinha de delícias como pão de mel, bala de mel e favo de mel. Tem ainda uma linha de cosméticos com sabonetes, cremes e ceras depilatórias.
Poços de Caldas é conhecida pelas águas termais, mas também pelos enormes doces, produzidos pela Doce da Roça. Eles já bateram o recorde brasileiro, produzindo o maior doce do Brasil, com mais de meia tonelada.
Os doces podem ser degustados e comprados na loja, que fica pertinho das thermas. O lugar é lindo e além dos doces serve lanches, como o delicioso pão de queijo e café coado na hora, na mesa.
Se você quiser intensificar a experiência, pode agendar uma visita à fazenda onde os doces são produzidos e até raspar o tacho. O mais famoso é o doce de abóbora com pedaços de coco.
Você já pensou em se hospedar em um hotel fazenda que produz sua própria cerveja, sua própria cachaça e seu próprio vinho? No Hotel Fazenda da Chácara, em Santana dos Montes, é assim!
A cerveja artesanal Loba, a cachaça Itaveravense e o vinho Dos Montes, são produzidos na Fazenda Guarará, que fica a 6km, e pertence ao proprietário do hotel. A visita a produção e a degustação são abertas também a não hóspedes.
Cerveja
Os turistas podem conhecer o processo de produção da cervejaria artesanal, degustar os chopes fresquinhos e ainda levar as cervejas para casa. Os principais rótulos são lager, pale ale e weis.
Cachaça
Na cachaçaria uma enorme roda d’água, barris que vão do chão ao teto e paredes de pedra, nos remete ao passado. São produzidas as cachaças prata, a famosa branquinha, que sai direto do alambique para a garrafa, e a ouro, envelhecida em barris de amburana.
Vinho
Já o vinho Dos Montes, é feito com uvas do parreiral da fazenda. O turista pode degustar as variedades merlot, shiraz, cabernet franc e tempranillo numa adega intimista, com barris e garrafas na decoração e meia luz.
Quais destes roteiros você conhece ou pretende visitar? Deixei nos comentários!
Ótimas dicas! Só faltou para cada roteiro apresentado e os lugares citados ter os links para acessar. Às vezes o turista deixa de ir por não saber encontrar os locais.
Agradecemos pela dica! 😃
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