Por:Turismo de Minas
dez 2018
Parte expressiva da obra do grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer está localizada em Minas Gerais. Os primeiros prédios, datados dos anos 1940, foram construídos em Belo Horizonte. As formas sintéticas, modernas e tão características permeiam toda visita pela capital mineira.
Outras cidades do estado, como Ouro Preto e Diamantina, também contam com obras desse grande ícone da arquitetura moderna, reconhecido internacionalmente. Veja onde encontrar os traços de Oscar Niemeyer em Minas!
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– Conjunto Moderno da Pampulha
Composto pela Igreja de São Francisco de Assis, Iate Tênis Clube, Casa do Baile e Museu de Arte da Pampulha foi inaugurado em 1943 e tornou-se Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Unesco, em 2016.
Casa do Baile
Foi projetada em 1943 para ser local de dança popular. Da parte externa é possível avistar a Lagoa da Pampulha e o Museu de Arte da Pampulha. Na parte interna, há exposições para visitação e é possível assistir filmes sobre a construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. A curiosidade do local está em um grande painel com desenhos feitos pelo próprio Oscar Niemeyer, na parede que faz divisa com o pequeno auditório, e na parte inferior, ao lado direito do painel, o arquiteto deixou algumas frases.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha
Iate Tênis Clube
Da parte externa é possível visualizar o projeto que representa a ideia de um barco a se lançar sobre as águas. O desenho apresentou uma inovação arquitetônica: o telhado de duas asas que se inclinam em sentido contrário à dos telhados tradicionais, como asa de borboleta. Este tipo de telhado se tornou moda em Belo Horizonte e passou a caracterizar as construções mineiras do período. No salão principal encontra-se uma pintura de Portinari, conhecida como “O Jogo”.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 1.350
Museu de Arte da Pampulha
Antigo cassino localizado na região deixou de operar com a proibição das casas de jogos no país e passou a funcionar como museu, a partir de 1957. O MAP possui um pequeno teatro, com uma pista de vidro iluminada para dança, novidade na época. Neste mesmo local, um efeito acústico provoca um eco, ouvido apenas por quem está na pista de dança.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 – Pampulha
Igreja São Francisco de Assis
Conhecida também como Igrejinha da Pampulha, foi o último prédio a ser erguido no complexo. O visual moderno impactou a tradicional sociedade e a igreja ficou fechada até 1959, quando, finalmente, foi entregue ao culto religioso católico. É o cartão-postal de Belo Horizonte.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 3000 – Pampulha
– Casa Kubitschek, de 1943
A casa de fim de semana do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitscheck, também localizada na região da Pampulha, possui características singulares. O telhado tem forma de asa de borboleta, no mesmo estilo do Iate Tênis Clube. Uma obra típica da arquitetura brasileira do modernismo, que mesmo com a reforma, mantém o projeto original, pois as intervenções que foram feitas tiveram assistência direta de Niemeyer.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 4188 – Pampulha
– Sede Administrativa da Fundação Zoo-Botânica, de 1950
Foi projetada para ser parte das instalações do Golfe Clube que fazia parte do projeto de Juscelino Kubistchek para o desenvolvimento da Pampulha enquanto espaço de lazer na cidade. Acredita-se que o esporte não teve boa aceitação do público e então em busca de melhor utilização o terreno foi transformado em um Jardim Zoológico.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 8000 – Pampulha
– Sede do Banco Mineiro de Produção, de 1953
Localizado na Praça Sete de Setembro, bem no centro da capital mineira, a sede do Banco Mineiro de Produção possui traços modernistas, acompanha o alinhamento dos prédios vizinhos e tem traços arredondadas. Possui ampla área envidraçada na lateral da avenida Afonso Pena e frisos horizontalizados de concreto pelo lado da rua Rio de Janeiro. O projeto contrasta com o eclético do Banco Hipotecário e o art decó do Cine Brasil.
Rua Rio de Janeiro 471 – Centro
– Biblioteca Pública Professor Luiz de Bessa, de 1954
A Biblioteca Pública foi concebida com formas livres e marquises generosas, lembrando um pergaminho desenrolado. Seu acervo reúne obras raras e representativas de escritores brasileiros e estrangeiros e uma importante coleção de autores mineiros, além de revistas e jornais – correntes e históricos -, livros de literatura, coleção infantojuvenil, títulos em braille e audiolivros. Também possui amplo acervo digitalizado. Desde 2005, na parte externa, possui as esculturas de quatro escritores mineiros, conhecidos como os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse” (Fernando Sabino, Helio Pelegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos)
Praça da Liberdade, 21 – Funcionários
– Escola Estadual Governador Milton Campos, de 1956
Conhecido também como Colégio Estadual Central é uma das mais antigas instituições de ensino da capital. Cada parte do prédio representa um material escolar: o prédio principal, uma régua; o auditório, um mata borrão (antigo objeto para absorver tinta); a cantina, uma borracha; e a caixa d’água, um giz.
Rua Fernandes Tourinho, 1020 – Lourdes
– Edifício Niemeyer, de 1960
O Edifício Niemeyer, um dos prédios mais fotografados e conhecidos de Belo Horizonte, teve o projeto iniciado em 1954 e só foi concluído em 1960. Ele possui 12 pavimentos em curvas e a fachada é recoberta por placas horizontais sobrepostas, que causam a sensação de o prédio ser bem mais alto. Neste prédio, na Praça da Liberdade, moraram o ex-presidente Tancredo Neves e sua esposa D. Risoleta Neves.
Praça da Liberdade, 153 – Funcionários
– Pampulha Iate Clube, de 1961
Na Avenida Otacílio Negrão de Lima, completando o contorno da lagoa, era um clube voltado para a alta sociedade mineira. Três grandes mestres assinaram a obra: Oscar Niemeyer, Roberto Burle Marx e Cândido Portinari. Niemeyer criou o projeto, Burle Marx e Portinari trabalharam o interior do salão de festas com o quadro “Frevo” e um painel de azulejos, intitulado “Peixes” no cenário dos jardins.
Rua Ilha Grande, 555 – Pampulha
– Conjunto JK, de 1968
O projeto original de 1951, que foi modificado, previa também a construção de supermercado, museu de arte moderna, comércio, serviços, repartições públicas e residências para os funcionários. Niemeyer também projetou uma ampla área de lazer para atender aos moradores. O conjunto, que só ficou pronto em 1968, é composto por dois blocos, que ocupam dois quarteirões, e possui duas torres de apartamentos, que se elevam sobre plataformas. O bloco mais baixo tem 22 pavimentos e o mais alto 35. É uma mini-cidade vertical, com 1.086 apartamentos e cerca de 5 mil moradores.
Rua dos Timbiras, 2.500 – Santo Agostinho
– Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, de 2010
É o projeto mais recente de Niemeyer em Belo Horizonte. Foi projetada para ser a nova sede administrativa do governo. O complexo é composto por cinco edifícios: o Palácio Tiradentes, os prédios Minas e Gerais, onde estão localizados as Secretarias de Estado, o Auditório Juscelino Kubistchek e o Centro de Convivência. O Palácio Tiradentes é considerado uma obra ousada do arquiteto, sendo um dos maiores prédios de concreto suspenso do mundo, com vão livre de 147 metros de comprimento e 26 metros de largura.
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Serra Verde
– Grande Hotel, em Ouro Preto, de 1938
Essa obra pioneira, contou com a participação direta e indireta de dois outros grandes brasileiros, mundialmente reconhecidos: Lúcio Costa e Burle-Marx, este último autor do projeto original dos jardins do Grande Hotel. Em 1995, voltando à sua obra depois de várias décadas, Niemeyer registrou, nas paredes brancas do Grande Hotel, o seu traço característico com desenho de montanhas e mulheres.
Rua Senador Rocha Lagoa,162 – Centro, Ouro Preto
– Hotel Tijuco, em Diamantina, de 1951
A obra foi encomendada por Juscelino Kubitschek a Niemeyer e preserva mobiliário dos anos 50. O hotel tem formato de um trapézio invertido, exibindo linhas retas, formas geométricas e uso do concreto armado. Na fachada, destaque para as colunas em V, com continuidade do primeiro para o segundo andar. As varandas têm treliça azul e conjunto final sugere perspectiva infinita. A obra modernista contrasta com os casarões e igrejas coloniais da cidade.
Rua Macau do Meio, 211 – Centro, Diamantina
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