Por:Turismo de Minas
jul 2019
Atualizado em: 01/08/2019 ás 23:04
Acabamos de chegar de Diamantina e estamos impressionados com a cena gastronômica e musical da cidade!
Você sabia que lá tem produção de vinho? E de cerveja? E de queijo? De 18 a 20/7 rolou o 2º Festival Artesanal de Diamantina: Cervejas – Queijos – Vinhos, que evidencia os produtos locais.
Foram 4 vinícolas, 8 cervejarias e 6 queijarias, além de shows e workshops. Participamos de uma harmonização comandada pelo jornalista gastronômico Eduardo Girão, e de um workshop liderado pelo Leo Nascimento, da Cervejaria Dos Caras.
Outra questão que chamou nossa atenção foi a musicalidade da cidade. Ficamos lá de quinta a domingo e pudemos ver o Concerto no Órgão Histórico, a Seresta e a Vesperata.
São eventos lindos, que deixam os turistas encantados com Diamantina, pois compõem a cena cultural da cidade e transportam os visitantes para o passado!
Nós visitamos as fábricas das cervejarias Diamantina e Capistrana, ambas fundadas em 2014, em Diamantina!
A Cervejaria Diamantina produz cinco estilos: Pilsen, Weiss, Ipa, Blonde Ale, Red Ale e Stout.
E a Cervejaria Capistrana fabrica cinco tipos: Pilsner, Weiss, Pale Ale, Red Ale e Ipa.
Os chopes e cervejas da Diamantina e da Capistrana podem ser encontrados nos principais bares e restaurantes da cidade histórica. As garrafas de 600ml custam a partir de R$15.
As fábricas são abertas para visitação, que devem ser agendadas no Centro de Atendimento ao Turista ou diretamente com as cervejarias!
O mineiro e o queijo é um caso de amor, que vem de longa data. A maioria dos queijos produzidos em Minas Gerais eram frescos, mas de uns anos pra cá os produtores começaram a maturar o queijo, o que na nossa opinião deixa ele ainda mais gostoso!
Queijos da Canastra e do Serro já são bem conhecidos em todo o Brasil. Mas em todo o estado tem muita gente fazendo queijo bom.
É o caso da região de Diamantina, que já tem até uma associação com 15 produtores, de oito municípios: Diamantina, Gouvea, Datas, Couto Magalhães de Minas, Felicio dos Santos, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves e Monjolos.
Nós visitamos duas queijarias: a Queijo Braúnas e a Queijaria Soberana, ambas em Diamantina.
Na Braúnas, Ewerton Abaeté contou que seu pai, Juca Abaete, sempre produziu queijo para consumo próprio, e que há um ano e meio ele começou a maturar o queijo.
Sorte nossa, porque o queijo ficou delicioso! Tanto que ganhou a medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil, em 2018, em São Paulo!
Lá na Queijaria Soberana, o Leandro de Assis, começou a produzir queijo ano passado. Agora está terminando a construção do galpão onde as vaquinhas holandesas serão criadas no sistema americano compost barns, e a queijaria, que terá capacidade para mil queijos por mês.
Você sabia que em Diamantina tem 12 vinícolas? E que a região foi uma das primeiras produtoras de vinho do Brasil, com registros de 1816? Pois é, também ficamos surpresos com essas informações!
Inicialmente os vinhos eram feitos para abastecer o clero durante as celebrações, mas o foco agora são os turistas!
Em 2003, o João Francisco Meira decidiu resgatar essa história e criou a vinícola Quinta d’Alva.
Ele planta 15 variedades de uvas e produz vinhos de excelente qualidade, como o Sauvignon Blanc, que degustamos!
Visitamos também a vinícola Quinta Campo Alegre, fundada em 2011, e com boa estrutura pera receber turistas.
Passeamos pelo parreiral enquanto a família (Patricia, Felipe e Ana Paula) nos contava a história do lugar, vimos todo o processo de produção e depois degustamos um Syrah delicioso!
Você também pode ter essa experiência. É só fazer o agendamento prévio diretamente com as vinícolas ou no Centro de Atendimento ao Turista!
Sexta à noite assistimos ao Concerto do Órgão Histórico da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina, e amamos!
O órgão de 1787 é o mais antigo construído no Brasil, e tem 549 flautas, que emitem um som único!
O diamantinense Evandro Archanjo é o organista residente, que faz a manutenção do instrumento e a apresentação dos concertos.
Nós já tivemos a oportunidade de assistir aos três concertos que existem em Minas Gerais: Mariana, Tiradentes e Diamantina, e super recomendamos o programa!
Em Diamantina os concertos acontecem toda sexta, que antecede a Vesperata, às 20h, e custa R$30.
Logo após o Concerto do Órgão Histórico, às 21 horas, acontece a Seresta. E que momento é esse minha gente? Coisa mais emocionante poder participar!
Cerca de 10 músicos do Grupo de Seresta Regina Pacis, tocando saxofone, violão, pandeiro, trompete e trombone, e cantando clássicos da música brasileira, saem caminhando pelas ruas da cidade, arrastando turistas e moradores.
O percurso vai da Igreja de Nossa Senhora do Carmo até a Praça JK, onde fazem uma homenagem ao ex-presidente da república, que já fez muitas serenatas por Diamantina.
A Vesperata, em Diamantina, é uma das coisas mais lindas que já vimos na vida. Todo mundo deveria viver essa experiência! (nós já fomos quatro vezes)
É uma sensação indescritível estar ali na Rua da Quitanda vendo e ouvindo os músicos da banda do 3º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais e da banda Mirim Prefeito Antônio de Carvalho Cruz tocando nas sacadas dos casarões históricos.
Uma energia tão boa toma conta da gente e todo mundo canta e dança junto, ao compasso do maestro. No repertório clássicos como Paisagem da Janela e atuais como Despacito, além de solos de saxofone e guitarra, levam o público ao delírio!
A Vesperata acontece anualmente, de abril a outubro. As próximas apresentações serão dias 3, 17 e 31 de agosto; 14 e 28 de setembro; e 05 e 19 de outubro. Não perca essa oportunidade!
Há 8 km de distância de Diamantina, a pacata Vila Biribiri foi construída no século XIX para abrigar os funcionários da Companhia Industrial de Estamparia.
Hoje, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), tem cerca de 30 casas e uma igrejinha colonial.
Próximo a ela, está o Parque Estadual do Biriri, onde há várias nascentes e cursos d´água que formam cachoeiras gostosas, como a da Sentinela, para tomar banho entre a vegetação do cerrado, campos rupestres e matas de galeria.
Nós passamos uma tarde lá e pudemos desfrutar da tranquilidade do lugar. Casais, amigos e famílias se esparramavam pelo enorme gramado para curtir o solzinho.
Restaurantes com mesas ao ar livre, lojinhas de artesanato e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus completavam o cenário parecido saído de um filme de época!
Trazemos aqui dicas dos restaurantes que almoçamos e jantamos durante nossa viagem para Diamantina.
O restaurante O Garimpeiro fica na Pousada do Garimpo e é comandado pelo chef Vandeca há 31 anos. Jantamos lá uma noite e comemos o tradicional prato da casa, Bambá do Garimpo: feijão batido, costelinha de porco, couve picada, arroz e angu (R$84 e serve 3 pessoas). De sobremesa não deixe de provar o delicioso Doce de leite na casquinha de limão.
O Deguste fica no icônico Beco do Mota, tem mesinhas ao ar livre e música ao vivo. Fomos jantar lá um dia e adoramos o Parpadelle com Camarões ao Molho du Chef (R$42 e serve 1 pessoas). O suco de laranja com morango também é uma delícia!
O Catedral Pub é um restaurante todo descolado, especializado em cervejas artesanais. Lá comemos um saboroso Bife Ancho com Batata Assada e Roquefort (R$56 e serve 1 pessoas), que deixou saudade, acompanhado de um delicioso chope IPA da cervejaria Capistrana.
O Apocalipse fica ao lado do Mercado Velho e é uma ótima opção para almoço. Com self-service gourmet, o restaurante vai da clássica comida mineira aos frutos do mar (R$69 o quilo). Almoçamos lá três dias e tudo estava delicioso, com destaque para a tilápia gralhada na hora.
Nos hospedamos na Pousada do Garimpo, que é uma das mais tradicionais da cidade. Ela fica num lindo casarão colonial e o café da manhã é delicioso.
Se você também quer se hospedar lá é só clicar neste link para consultar datas e valores!
*Os jornalistas viajaram à convite do Festival Artesanal de Diamantina, com o apoio da Prefeitura e do Sebrae
Excelente matéria! Parabéns