Nonô: O Rei do Caldo de Mocotó

Por:Turismo de Minas

29

mar 2023

No famoso balcão do estabelecimento no Centro de Belo Horizonte, a boa pedida é o caldo de mocotó, quente, servido com dois ovos de codorna estalados ao fundo da caneca de cerâmica. Pão crocante para fazer companhia e cebolinha fresca picadinha no arremate. Desde 1964, é esse o ritual no Nonô: O Rei do Caldo de Mocotó, repetido pelos clientes do bar.

Na receita, o sabor vem dos pedacinhos bem cozidos de “barranquinho”, “trupico”, “melequinha”, ou melhor, do colágeno das cartilagens do boi. Para quem gosta, o calorão do caldo cai bem com uma cerveja preta gelada para rebater.

 
A preparação clássica da gastronomia brasileira, que remonta ao tempo dos escravos, foi aperfeiçoada pelo fundador, Raimundo de Assis Corrêa, o Nonô, e sua esposa. O comerciante morreu em 1973 e agora, entre os dez filhos do casal, quatro, os chamados “quatro Nonôs”, seguem com o negócio: Dênio, Clelson, Décio e Mívio. A terceira geração também começa a fazer parte dessa história. No time do Nonô, já estão os filhos de Dênio e Mívio.

O bar preserva uma relação fiel com fornecedores e funcionários. A cebolinha polvilhada sobre o caldo fumegante é comprada desde os anos 1970 de um produtor de Ibirité e a responsável por picá-la na cozinha é a mesma, há mais de 30 anos.

Mais do que o empreendimento em si, essa é uma bonita história de um empreendedor mineiro, ex-funcionário da Mina de Morro Velho, em Raposos. Com a esposa Alaydes Corrêa, Nonô apostou no produto e ganhou notoriedade. Sempre ao lado da família, por um tempo se estabeleceu na região do Barreiro, onde vendia alimentos para operários da então Companhia Siderúrgica Mannesmann.

Em 1963, o pulo do gato. Um ex-prefeito de BH, sabendo do caráter informal do trabalho de Nonô, lhe ofereceu uma pequena área, perto da entrada da siderúrgica, para fixar o comércio. A ideia sobre o caldo de mocotó veio por meio de um cliente. Da região mais distante, a vinda para o Centro seria o passo seguinte. O estabelecimento aí está desde 1968.

Uma iguaria que mantém a trajetória de sucesso – hoje para funcionários públicos, pintores, desembargadores, jornalistas, camelôs, faxineiras, policiais, flanelinhas e torcedores e vendedores de loterias.

 

Serviço:

Endereço: Avenida Amazonas, 840, Centro

Funcionamento: Segunda-feira a sábado, de 7h às 22h

Telefone: (31) 3212-7458

Instagram: @nonoreidomocoto

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